Agronegócios
Estado de Mato Grosso já plantou 99% da soja
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Em Mato Grosso, maior produtor de soja do país, o plantio está praticamente encerrado (99,5%) e as lavouras se desenvolvem bem em todo o Estado, favorecidas pela combinação de chuvas frequentes e aberturas de sol. O cenário atual em nada lembra as dificuldades enfrentadas no ano passado pelos produtores, quando a seca obrigou a interrupção dos trabalhos e até mesmo, impôs atrasos significativos à semeadura do grão.
Conforme novo acompanhamento da consultoria AgRural, no médio norte e no oeste, as áreas plantadas mais cedo estão entrando em enchimento de grãos e devem estar prontas para a colheita antes do fim de dezembro. Entre os produtores, há apostas de que os primeiros talhões poderão ser colhidos antes mesmo do Natal.
O plantio da safra 2018/19 de soja chegou na quinta-feira (22) a 89% da área de 35,8 milhões de hectares prevista para o Brasil, de acordo com levantamento da AgRural. Um ano atrás, 84% da área estavam semeados. A média de cinco anos é de 78%. “Graças a condições climáticas favoráveis em praticamente todo o país, o plantio da atual safra é o mais rápido da história”, declaram os analistas.
No vizinho Mato Grosso do Sul, os produtores aproveitaram o tempo predominantemente firme desta semana e a boa umidade do solo para encerrar o plantio. Os produtores seguem otimistas com a safra.
Em Goiás, 98% da área estão plantados, ante 90% um ano atrás. No sudoeste, onde o plantio já está finalizado e as chuvas têm garantido boa umidade, alguns produtores esperam começar a colher em torno do dia 10 de janeiro.
No Paraná, o plantio da soja chegou a 95% da área – pouca coisa abaixo dos 96% de um ano atrás. O temor dos produtores em relação ao tempo mais seco diminuiu nesta semana, já que as chuvas contrariaram as previsões e chegaram em maiores volumes ao estado, devolvendo umidade ao solo. A manutenção dessa umidade foi favorecida nos últimos dias pelas temperaturas mais amenas e baixa incidência de ventos.
As lavouras se desenvolvem bem, mas agora há certa preocupação justamente por conta da queda dos termômetros, que pode resultar em desenvolvimento mais lento das plantas.
No outro extremo do país, o plantio seguiu em bom ritmo no Matopiba, que continua à frente do ano passado. Mesmo com pouca chuva nesta semana, a previsão de grandes volumes para a virada do mês fez parte dos produtores acelerar os trabalhos. Algumas áreas, entretanto, já sentem os efeitos da falta de chuva, especialmente no Tocantins e no Piauí, e precisam de mais umidade com urgência. Até quinta-feira (22), 60% da área estavam semeadas no Maranhão, 62% no Tocantins, 35% no Piauí e 89% na Bahia.
No resto do país, o plantio chegou a 77% da área no Rio Grande do Sul, 81% em Santa Catarina, 100% em São Paulo, 94% em Minas Gerais, 95% em Rondônia e 26% no Pará.